O NÓ DO AFETO
Eloi Zanetti
Era uma reunião numa
escola. A diretora incentivava os pais a apoiarem as crianças, falando da
necessidade da presença deles junto aos filhos. Mesmo sabendo que a maioria dos
pais e mães trabalhava fora, ela tinha convicção da necessidade de acharem
tempo para seus filhos.Foi então que um pai, com seu jeito simples, explicou
que saía tão cedo de casa, que seu filho ainda dormia e que, quando voltava, o
pequeno, cansado, já adormecera. Explicou que não podia deixar de trabalhar
tanto assim, pois estava cada vez mais difícil sustentar a família. E contou
como isso o deixava angustiado, por praticamente só conviver com o filho nos
fins de semana. O pai, então,
falou como tentavam redimir-se, indo beijar a criança todas as noites, quando
chegava em casa. Contou que a cada beijo, ele dava um pequeno nó no lençol,
para que seu filho soubesse que ele estivera ali. Quando acordava, o menino
sabia que seu pai o amava e lá estivera. E era o nó o meio de se ligarem um ao
outro.Aquela história emocionou a diretora da escola que, surpresa, verificou
ser aquele menino um dos melhores e mais ajustados alunos da classe. E a
fez refletir sobre as infinitas maneiras que pais e filhos têm de se
comunicarem, de se fazerem presentes nas vidas uns dos outros. O pai encontrou
sua forma simples, mas eficiente, de se fazer presente e, o mais importante, de
que seu filho acreditasse na sua presença.Para que a comunicação se instale, é
preciso que os filhos 'ouçam' o coração dos pais ou responsáveis, pois os
sentimentos falam mais alto do que as palavras. É por essa razão que um beijo,
um abraço, um carinho, revestidos de puro afeto, cura até dor de cabeça,
arranhão, ciúme do irmão, medo do escuro, etc.Uma criança pode não entender
certas palavras, mas sabe registrar e gravar um gesto de amor, mesmo que este
seja um simples nó.
E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho? (reproduzido da RevistaTiquinho - outubro/2001)
E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho? (reproduzido da RevistaTiquinho - outubro/2001)
Eloi Zanetti é Consultor
em Marketing, Comunicação Corporativa e Vendas, Palestrante e Escritor
Texto lido em 02/2012
Um menino perguntou à sua mãe:
- Mãe, por que estás a chorar?
E ela respondeu: - Porque sou mulher...
- Mas... Eu não entendo.
A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e
disse:
- Meu amor, tu nunca irás entender!
...
Mais tarde o menino perguntou ao pai:
- Pai, porque é que a mãe às vezes chora,
sem motivo?
O pai respondeu:
- Todas as mulheres choram sem
nenhum motivo...
Era tudo o que o pai era capaz de
responder.
O menino cresceu e
tornou-se homem. E, de vez em quando, fazia a si mesmo a pergunta: Por
que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso? Certo dia este homem
se ajoelhou e perguntou a Deus:
- Senhor, diz-me... Porque é que as
mulheres choram com tanta facilidade?
E Deus respondeu:
- Quando eu criei a mulher, tinha de fazer
algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de
suportar o peso do mundo inteiro... Mas suficientemente suaves para
confortá-lo!
- Dei-lhe uma imensa força interior, para
que pudesse suportar as dores da maternidade e também a tristeza que
muitas vezes advem de seus próprios filhos!
- Dei-lhe a força para lhe
permitir que continue sempre a cuidar da sua família, sem se
queixar, apesar das doenças e do cansaço. Dei-lhe sensibilidade para amar
os seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a
magoam muito... É essa sensibilidade que lhe permite afastar qualquer
tristeza, choro ou dor da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e
medos da adolescência! Mas, para que possa suportar tudo isso, meu filho... Eu
dei-lhe as lágrimas, e são exclusivamente dela, para usá-las quando
precisa. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouco do seu
amor.
Essas gotas de amor desvanecem no ar e
salvam a humanidade!
O homem respondeu com um profundo
suspiro...
- Agora entendo o
sentimento da minha mãe, da minha irmã, da minha esposa...
Obrigado, Meu Deus, por teres criado a
mulher.
Texto lido 03/2012
A história do lápis
O menino olhava
a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:- Você está escrevendo
uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?A avó
parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.“Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade”.“Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas lhe farão ser uma pessoa melhor”.“Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.“Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.“Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade”.“Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas lhe farão ser uma pessoa melhor”.“Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.“Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.
“Finalmente,
a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira,
saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser
consciente de cada ação”.
Texto
lido em03/2012
Hora de replanejar
Você provavelmente investiu um bom tempo em janeiro
e fevereiro conversando com os colegas e a coordenação para organizar como
trabalhar ao longo do ano. Nem tudo, porém, saiu exatamente como previsto,
certo? É isso mesmo. O ritmo de aprendizagem dos alunos, imprevistos de todos
os tipos, interesses inesperados que atropelaram algumas atividades e tantos
outros fatores fizeram com que o planejamento fosse se adaptando à realidade.
Pois saiba que agora é o melhor momento para rever
e, se for o caso, mudar o que havia sido definido. "A vivência que já
tivemos com os estudantes no primeiro semestre permite identificar o que eles
realmente aprenderam e, o mais importante, como atraí-los e fazer com que
aprendam ainda mais", diz Roseli Cassão, da Faculdade de Educação da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O primeiro passo é checar as prioridades, principalmente se você começou o ano prevendo milhares de coisas e não conseguiu dar conta nem de metade do recado. Aqui vão algumas dicas para reestruturar seu semestre:
- Considere o que os alunos aprenderam até o momento, a série em que estão e a relevância do conteúdo;
- Avalie também com que freqüência o assunto estudado aparecerá novamente nos próximos anos;
- Quem você está ensinando? Defina aonde quer chegar, o que a turma realmente precisa e o que é possível fazer;
- Escute com atenção os questionamentos que surgirem.
O primeiro passo é checar as prioridades, principalmente se você começou o ano prevendo milhares de coisas e não conseguiu dar conta nem de metade do recado. Aqui vão algumas dicas para reestruturar seu semestre:
- Considere o que os alunos aprenderam até o momento, a série em que estão e a relevância do conteúdo;
- Avalie também com que freqüência o assunto estudado aparecerá novamente nos próximos anos;
- Quem você está ensinando? Defina aonde quer chegar, o que a turma realmente precisa e o que é possível fazer;
- Escute com atenção os questionamentos que surgirem.
Por que planejar...
- Ajuda a definir objetivos que atendam aos reais interesses da turma
- Possibilita a seleção e a organização dos conteúdos mais significativos
- Permite organizar o que vai ser estudado de um jeito lógico
- Garante a escolha dos melhores procedimentos e recursos
- Faz com que o professor atue com mais segurança na sala de aula
- Evita a improvisação, a repetição e a rotina
- Facilita a continuidade do ensino
- Auxilia professor e alunos a tomar decisões de forma cooperativa e participativa
- Ajuda a definir objetivos que atendam aos reais interesses da turma
- Possibilita a seleção e a organização dos conteúdos mais significativos
- Permite organizar o que vai ser estudado de um jeito lógico
- Garante a escolha dos melhores procedimentos e recursos
- Faz com que o professor atue com mais segurança na sala de aula
- Evita a improvisação, a repetição e a rotina
- Facilita a continuidade do ensino
- Auxilia professor e alunos a tomar decisões de forma cooperativa e participativa
...e ser
flexível
- O professor que não faz um planejamento maleável corre o risco de não alcançar seus objetivos
- Os alunos são a referência para a elaboração de um plano. É preciso acompanhar o desenvolvimento deles
- O plano é uma previsão, sujeita a erros. Daí a importância
- O professor que não faz um planejamento maleável corre o risco de não alcançar seus objetivos
- Os alunos são a referência para a elaboração de um plano. É preciso acompanhar o desenvolvimento deles
- O plano é uma previsão, sujeita a erros. Daí a importância
Texto
lido em 07/2012
Fábrica de asas - Sérgio Vaz
“ Adubar a terra
com número e letras
asas e poemas.
Para colher lírios,cravos e alfazemas.
Agricultor,
o bom mestre sabe,
que espinhos e pétalas
fazem parte da primavera.
Porque ensinar
com número e letras
asas e poemas.
Para colher lírios,cravos e alfazemas.
Agricultor,
o bom mestre sabe,
que espinhos e pétalas
fazem parte da primavera.
Porque ensinar
é regar a semente sem afogar
a flor ."
.
.
A
Vida é algo mesmo muito engraçado, agora pouco, antes de começar a escrever
este texto em homenagem aos educadores e educadoras que conheço, me lembrei de
uma coisa da minha adolescência, e que eu nunca entendi bem direito, é que eu
não gostava de estudar, mas adorava a escola. Pena não ter sido o contrário,
mas...
A escola para mim sempre fora um lar. Minha classe, como se fosse o quarto que sempre sonhei, mas que nunca tive. O Pátio, a sala de estar. E o melhor de tudo, com todos os meus amigos morando junto comigo.
A escola para mim sempre fora um lar. Minha classe, como se fosse o quarto que sempre sonhei, mas que nunca tive. O Pátio, a sala de estar. E o melhor de tudo, com todos os meus amigos morando junto comigo.
Às
vezes ter parentes nem sempre é ter uma família, e para muitos, a hora da
merenda era quase uma santa ceia.
Não
lembro de ter sido bom em alguma matéria, da para contar nos dedos as notas
"dez" que eu tirei, também não fui o pior de todos, meu boletim era
tipo colorido, vermelho e azul, e de acordo com cada série, umas cores se
destacavam mais do que as outras.
E por gostar tanto da escola e não gostar de estudar, repeti de ano duas vezes, na 3ª série do primário e na 7ª série do ginásio, parece pouco, mas para quem só fez o colegial, é como se o futuro andasse em direção ao passado. É como se a gente colasse da pessoa errada.
Minha matéria preferida sempre fora o recreio, e a bagunça era uma prova para o qual não precisava estudar, e se ficar em silêncio enquanto escrevo este texto, sou bem capaz de ouvir a molecada descendo as escadas depois do sinal, como uma manada enfurecida -entorpecida pela magia da infância-, correndo pra casa. Ou quem sabe, fugindo do lar.
Num tempo em que a merenda para alguns era a única refeição, na periferia, “lar” e “casa” eram duas coisas extremamente diferentes, e se nós, os filhos da dor, desenhávamos nosso momento com giz colorido, em casa, muitas famílias escreviam a alegria a lápis, para que ficasse mais fácil para a tristeza apagar.
Outra coisa que gostava muito na escola era dos professores, só naquele tempo eu não sabia, descobri somente anos depois, quando não estudava mais.
Lógico que naquela época da ditadura, alguns mais pareciam torturadores do DOPS que professores, e tudo isso, com o consentimento dos pais, os cúmplices.
E por gostar tanto da escola e não gostar de estudar, repeti de ano duas vezes, na 3ª série do primário e na 7ª série do ginásio, parece pouco, mas para quem só fez o colegial, é como se o futuro andasse em direção ao passado. É como se a gente colasse da pessoa errada.
Minha matéria preferida sempre fora o recreio, e a bagunça era uma prova para o qual não precisava estudar, e se ficar em silêncio enquanto escrevo este texto, sou bem capaz de ouvir a molecada descendo as escadas depois do sinal, como uma manada enfurecida -entorpecida pela magia da infância-, correndo pra casa. Ou quem sabe, fugindo do lar.
Num tempo em que a merenda para alguns era a única refeição, na periferia, “lar” e “casa” eram duas coisas extremamente diferentes, e se nós, os filhos da dor, desenhávamos nosso momento com giz colorido, em casa, muitas famílias escreviam a alegria a lápis, para que ficasse mais fácil para a tristeza apagar.
Outra coisa que gostava muito na escola era dos professores, só naquele tempo eu não sabia, descobri somente anos depois, quando não estudava mais.
Lógico que naquela época da ditadura, alguns mais pareciam torturadores do DOPS que professores, e tudo isso, com o consentimento dos pais, os cúmplices.
Uma
vez uma professora, que mais parecia uma madrasta de contos de fada, puxou o
meu cabelo com tanta força, que até hoje me dói o couro cabeludo.
E sabem por que? Porque estava desenhando um relógio à caneta, no pulso, enquanto ela explicava alguma coisa, quando percebeu a minha desatenção, me perguntou as horas, e eu respondi. Na hora errada. Ui.
E sabem por que? Porque estava desenhando um relógio à caneta, no pulso, enquanto ela explicava alguma coisa, quando percebeu a minha desatenção, me perguntou as horas, e eu respondi. Na hora errada. Ui.
Traumatizado,
nunca mais usei relógio em minha vida. Por isso que às vezes atraso, adianto,
nunca sei à hora de chegar.
Hoje em dia, recitando poesia nas escolas públicas do país, descobri que estes que puxavam o cabelo das crianças, não existem mais, foram engolidos pelo dragão do tempo, e foram substituídos por uma trupe de guerreiros e guerreiras que mesmo abandonados pelo estado, insistem em educar os nossos filhos. Não é da hora?
Autodidata, aprendi a sofrer por conta própria, e aprendi também que é possível construir o universo longe da universidade, só que demora mais, quando não se tem asas para voar.
Hoje em dia, recitando poesia nas escolas públicas do país, descobri que estes que puxavam o cabelo das crianças, não existem mais, foram engolidos pelo dragão do tempo, e foram substituídos por uma trupe de guerreiros e guerreiras que mesmo abandonados pelo estado, insistem em educar os nossos filhos. Não é da hora?
Autodidata, aprendi a sofrer por conta própria, e aprendi também que é possível construir o universo longe da universidade, só que demora mais, quando não se tem asas para voar.
a) Lição de casa se aprende
na escola.
b) O Professor é aquele que
confecciona asas. E voa junto.
c) "Ensinar é regar a
semente sem afogar a flor."
D) Quem faz lição de casa
colhe castelos.
Poeticamente falando, todas as alternativas estão corretas.
Poeticamente falando, todas as alternativas estão corretas.
Texto lido em 09/2012
"Em Defesa das Árvores"
(Rubem Alves)
Estou reproduzindo agora a belíssima crônica de autoria do
consagrado escritor e filósofo Rubem Alves. Inclusive, ao final do texto ele
faz uma crítica à "dendrofobia" presente na obra de Oscar Niemayer:
Estava eu na sala de espera do meu médico trabalhando absorto no meu laptop para matar o tempo, os “oclinhos” de ver perto na frente dos olhos, ao longe tudo era um borrão quando, de repente, um borrão alto se colocou à minha frente, baixei os “oclinhos” para ver à distância: era um homem que conheci menino, de precoce vocação científica, posto que menino ainda, se comprazia em experimentos incendiários com gases mal cheirosos. Depois dos cumprimentos de praxe e sem mais delongas ele disse: “Rubem, escreva uma crônica em defesa das árvores.” Havia indignação em sua voz e ele relatou:
“Havia, no terreno do meu vizinho, um ipê maravilhoso, árvore muito velha, tronco grosso, que anualmente produzia uma floração cor-de-rosa, para espanto e felicidade de todos. Pois, sem maiores avisos, o tal vizinho cortou o ipê. Fiquei indignado e fui saber das razões do assassinato. Que mal lhe teria feita aquela árvore mansa? E ele me explicou que as raízes do velho ipê estavam rachando o seu muro de tijolos e argamassa. Um ipê que leva cinquenta anos para crescer cortado por causa de um muro que se constrói num dia! Aí lhe perguntei: “Por que não me falou?
Estava eu na sala de espera do meu médico trabalhando absorto no meu laptop para matar o tempo, os “oclinhos” de ver perto na frente dos olhos, ao longe tudo era um borrão quando, de repente, um borrão alto se colocou à minha frente, baixei os “oclinhos” para ver à distância: era um homem que conheci menino, de precoce vocação científica, posto que menino ainda, se comprazia em experimentos incendiários com gases mal cheirosos. Depois dos cumprimentos de praxe e sem mais delongas ele disse: “Rubem, escreva uma crônica em defesa das árvores.” Havia indignação em sua voz e ele relatou:
“Havia, no terreno do meu vizinho, um ipê maravilhoso, árvore muito velha, tronco grosso, que anualmente produzia uma floração cor-de-rosa, para espanto e felicidade de todos. Pois, sem maiores avisos, o tal vizinho cortou o ipê. Fiquei indignado e fui saber das razões do assassinato. Que mal lhe teria feita aquela árvore mansa? E ele me explicou que as raízes do velho ipê estavam rachando o seu muro de tijolos e argamassa. Um ipê que leva cinquenta anos para crescer cortado por causa de um muro que se constrói num dia! Aí lhe perguntei: “Por que não me falou?
Eu teria pago a reconstrução do seu muro…”
E concluiu: “Você escreve uma crônica?” Tive uma reação desanimada. Lembrei-me das palavras tristes do Vinícius no seu poema “O Haver”, em que fala da “sua inútil poesia”. Sinto assim, de vez em quando, que aquilo que escrevo é inútil. Os que têm poder nem lêem e se lêem não levam a sério. As razões que movem a política são as razões dos machados e das serras; não são as razões da beleza. Escrever, para quê? Para sensibilizar o vizinho que gosta mais de um muro que de um ipê? O que eu escrevesse só encontraria eco naqueles que amam mais os ipês que os muros. Mas, nesse caso minha escritura seria desnecessária. E para os que amam mais os muros que os ipês ela seria inútil. Aí me lembrei de um poema de Chuang-Tzu, escrito séculos antes de Cristo: “Eu sei que não terei sucesso. Tentar forçar os resultados somente aumentaria a confusão. Não será melhor desistir e parar de me esforçar? Mas, se eu não me esforçar, quem o fará?” As palavras do sábio foram uma repreensão ao meu desânimo. Comecei a pensar. Lembrei-me de fato semelhante acontecido na minha rua. Havia um ipê amarelo que florescia no mês de julho. O chão ficava dourado com suas flores. Mas a dona da casa em frente ao ipê e a sua incansável vassoura deram o nome de “sujeira” ao dourado das flores caídas.
E, um belo dia, a árvore amanheceu com um anel cortado na sua casca. As veias pelas quais sua seiva circulava haviam sido seccionadas durante a noite. O ipê morreu. A vassoura triunfou. Há pessoas cujas ideias nascem da vassoura. Visitando um amigo que mora num condomínio rico de Campinas alegrei-me vendo que ele era todo arborizado com magnólias. As flores das magnólias são quase insignificantes. Mas o perfume é maravilhoso. Quem respira o perfume de uma magnólia tem a alma tocada pelo divino. Aí o meu amigo apontou para uma casa do outro lado da rua. Lá não havia magnólias. E explicou: “A dona da casa disse que dava muito trabalho varrer as folhas que caíam no chão.” Agora mesmo, a um quarteirão de onde escrevo, havia três daquelas árvores que se chamam “Chapéu de Sol”, de folhas largas e sombra generosa. Pois a dona da casa mandou cortar todos os galhos das três, ficando só os toquinhos. Ficaram parecidas com cabides de pendurar chapéu. Mas as árvores não guardam rancor. Trataram de continuar a viver - e nos toquinhos surgiram brotos verdes, como um gesto de perdão. Percebendo que as árvores insistiam em viver, ela mandou que todos os brotos fossem arrancados.
Quando as serras da CPFL mutilaram as velhas paineiras da Orosimbo Maia, que todos amavam, houve uma onda de indignação que ocupou as manchetes do Correio Popular.
Pois um leitor escreveu aborrecido porque o jornal perdia tanto tempo com uma coisa sem importância como árvores. O prazer em cortar árvores, me parece, está ligado à volúpia do poder. Quem corta, tortura ou mata experimenta o prazer de exercer poder sobre o mais fraco. Mas acho que o prazer em cortar árvores está ligado a uma coisa mais sinistra. Suspeito que estejamos vivendo um momento de metamorfose da nossa condição humana. Até agora temos sido habitantes do mundo da vida. Nosso habitat é constituído por florestas, animais, rios e mares. Somos seres biológicos, corpos. Mas agora estamos mudando de casa. Estamos trocando nossa casa biológica por uma outra casa eletrônica.
Faz tempo fiz a travessia dos lagos andinos - cenários maravilhosos, entre lagos, vulcões e florestas - passando por Bariloche e terminando em Buenos Aires. Em Bariloche fiquei conhecendo um casal que fazia o mesmo percurso com dois filhos adolescentes. Fui reencontrá-los numa das ruas centrais de Buenos Aires. “Graças a Deus estamos aqui!”, me disse o marido. “Já não aguentávamos mais: só lagos, montanhas e árvores. Aqui, felizmente, temos os videogames.” Virei Hulk na mesma hora e lhe disse: “Tomaram a excursão errada. Seu destino era Las Vegas!” Mas eles nada mais fizeram que expressar de forma grosseira o que já ficou normal. Nenhum adolescente troca um vídeo game por jardinagem. Nos filmes de ficção científica do tipo “Guerra nas Estrelas” que emocionam milhões não há árvores: somente máquinas com inteligência eletrônica. Nossas inteligências estão cada vez mais ligadas aos vídeos e computadores e cada vez mais distantes da natureza. Há crianças que nunca viram uma galinha de verdade, nunca sentiram o cheiro de um pinheiro, nunca ouviram o canto do pintassilgo e não têm prazer em brincar com terra. Pensam que terra é sujeira. Não sabem que terra é vida. As nossas escolas - seria bom se elas ensinassem as crianças a amar as árvores. Chamar pelo nome e amar as paineiras, as sibipirunas, as magnólias, os pinheiros, as magueiras, as pitangueiras, os jequitibás, os ipês, as quaresmeiras… Aprendi na escola que os homens são uma forma de vida mais evoluída que as árvores. Estou brincando com a possibilidade do contrário: que as árvores sejam mais evoluídas que nós. Se assim não fosse por que haveriam as Escrituras Sagradas de comparar o homem feliz com uma árvore plantada junto a ribeiros de águas? Com o que concorda Alberto Caeiro: “Sejamos simples e calmos como os regatos e as árvores, e Deus amar-nos-á fazendo de nós belos como as árvores e os regatos…” Deus nos amará quando formos como as árvores!
Ninguém vai para o inferno. Os que não amam as árvores também vão para o céu. Mas, como todos sabem, o céu é o lugar onde se encontram as coisas que amamos. O lugar onde se encontram as coisas que não amamos é o inferno. Assim, para os que não amam as árvores, um lugar com bosques, florestas, flores e riachos seria o inferno. Eles não irão para o inferno de árvores. Irão para o seu céu sem árvores, pois é isso que eles amam.
Morarão numa cidade planejada pelo Niemeyer onde tudo será feito de concreto segundo formas geométricas perfeitas, em nada semelhantes às coisas vivas. Os prédios do Congresso Nacional, em Brasília, são uma metade de esfera voltada para cima e uma metade de esfera voltada para baixo, sem janelas. Na cidade planejada pelo Niemeyer as árvores não sujarão as calçadas com suas folhas e flores. As árvores serão de concreto, semelhantes aos cogumelos: uma esfera cortada pelo meio equilibrando-se sobre um cilindro. O bom disso é que não haverá despesas com jardineiros. E as donas de casa não precisarão varrer a calçada.
Rubem Alves
E concluiu: “Você escreve uma crônica?” Tive uma reação desanimada. Lembrei-me das palavras tristes do Vinícius no seu poema “O Haver”, em que fala da “sua inútil poesia”. Sinto assim, de vez em quando, que aquilo que escrevo é inútil. Os que têm poder nem lêem e se lêem não levam a sério. As razões que movem a política são as razões dos machados e das serras; não são as razões da beleza. Escrever, para quê? Para sensibilizar o vizinho que gosta mais de um muro que de um ipê? O que eu escrevesse só encontraria eco naqueles que amam mais os ipês que os muros. Mas, nesse caso minha escritura seria desnecessária. E para os que amam mais os muros que os ipês ela seria inútil. Aí me lembrei de um poema de Chuang-Tzu, escrito séculos antes de Cristo: “Eu sei que não terei sucesso. Tentar forçar os resultados somente aumentaria a confusão. Não será melhor desistir e parar de me esforçar? Mas, se eu não me esforçar, quem o fará?” As palavras do sábio foram uma repreensão ao meu desânimo. Comecei a pensar. Lembrei-me de fato semelhante acontecido na minha rua. Havia um ipê amarelo que florescia no mês de julho. O chão ficava dourado com suas flores. Mas a dona da casa em frente ao ipê e a sua incansável vassoura deram o nome de “sujeira” ao dourado das flores caídas.
E, um belo dia, a árvore amanheceu com um anel cortado na sua casca. As veias pelas quais sua seiva circulava haviam sido seccionadas durante a noite. O ipê morreu. A vassoura triunfou. Há pessoas cujas ideias nascem da vassoura. Visitando um amigo que mora num condomínio rico de Campinas alegrei-me vendo que ele era todo arborizado com magnólias. As flores das magnólias são quase insignificantes. Mas o perfume é maravilhoso. Quem respira o perfume de uma magnólia tem a alma tocada pelo divino. Aí o meu amigo apontou para uma casa do outro lado da rua. Lá não havia magnólias. E explicou: “A dona da casa disse que dava muito trabalho varrer as folhas que caíam no chão.” Agora mesmo, a um quarteirão de onde escrevo, havia três daquelas árvores que se chamam “Chapéu de Sol”, de folhas largas e sombra generosa. Pois a dona da casa mandou cortar todos os galhos das três, ficando só os toquinhos. Ficaram parecidas com cabides de pendurar chapéu. Mas as árvores não guardam rancor. Trataram de continuar a viver - e nos toquinhos surgiram brotos verdes, como um gesto de perdão. Percebendo que as árvores insistiam em viver, ela mandou que todos os brotos fossem arrancados.
Quando as serras da CPFL mutilaram as velhas paineiras da Orosimbo Maia, que todos amavam, houve uma onda de indignação que ocupou as manchetes do Correio Popular.
Pois um leitor escreveu aborrecido porque o jornal perdia tanto tempo com uma coisa sem importância como árvores. O prazer em cortar árvores, me parece, está ligado à volúpia do poder. Quem corta, tortura ou mata experimenta o prazer de exercer poder sobre o mais fraco. Mas acho que o prazer em cortar árvores está ligado a uma coisa mais sinistra. Suspeito que estejamos vivendo um momento de metamorfose da nossa condição humana. Até agora temos sido habitantes do mundo da vida. Nosso habitat é constituído por florestas, animais, rios e mares. Somos seres biológicos, corpos. Mas agora estamos mudando de casa. Estamos trocando nossa casa biológica por uma outra casa eletrônica.
Faz tempo fiz a travessia dos lagos andinos - cenários maravilhosos, entre lagos, vulcões e florestas - passando por Bariloche e terminando em Buenos Aires. Em Bariloche fiquei conhecendo um casal que fazia o mesmo percurso com dois filhos adolescentes. Fui reencontrá-los numa das ruas centrais de Buenos Aires. “Graças a Deus estamos aqui!”, me disse o marido. “Já não aguentávamos mais: só lagos, montanhas e árvores. Aqui, felizmente, temos os videogames.” Virei Hulk na mesma hora e lhe disse: “Tomaram a excursão errada. Seu destino era Las Vegas!” Mas eles nada mais fizeram que expressar de forma grosseira o que já ficou normal. Nenhum adolescente troca um vídeo game por jardinagem. Nos filmes de ficção científica do tipo “Guerra nas Estrelas” que emocionam milhões não há árvores: somente máquinas com inteligência eletrônica. Nossas inteligências estão cada vez mais ligadas aos vídeos e computadores e cada vez mais distantes da natureza. Há crianças que nunca viram uma galinha de verdade, nunca sentiram o cheiro de um pinheiro, nunca ouviram o canto do pintassilgo e não têm prazer em brincar com terra. Pensam que terra é sujeira. Não sabem que terra é vida. As nossas escolas - seria bom se elas ensinassem as crianças a amar as árvores. Chamar pelo nome e amar as paineiras, as sibipirunas, as magnólias, os pinheiros, as magueiras, as pitangueiras, os jequitibás, os ipês, as quaresmeiras… Aprendi na escola que os homens são uma forma de vida mais evoluída que as árvores. Estou brincando com a possibilidade do contrário: que as árvores sejam mais evoluídas que nós. Se assim não fosse por que haveriam as Escrituras Sagradas de comparar o homem feliz com uma árvore plantada junto a ribeiros de águas? Com o que concorda Alberto Caeiro: “Sejamos simples e calmos como os regatos e as árvores, e Deus amar-nos-á fazendo de nós belos como as árvores e os regatos…” Deus nos amará quando formos como as árvores!
Ninguém vai para o inferno. Os que não amam as árvores também vão para o céu. Mas, como todos sabem, o céu é o lugar onde se encontram as coisas que amamos. O lugar onde se encontram as coisas que não amamos é o inferno. Assim, para os que não amam as árvores, um lugar com bosques, florestas, flores e riachos seria o inferno. Eles não irão para o inferno de árvores. Irão para o seu céu sem árvores, pois é isso que eles amam.
Morarão numa cidade planejada pelo Niemeyer onde tudo será feito de concreto segundo formas geométricas perfeitas, em nada semelhantes às coisas vivas. Os prédios do Congresso Nacional, em Brasília, são uma metade de esfera voltada para cima e uma metade de esfera voltada para baixo, sem janelas. Na cidade planejada pelo Niemeyer as árvores não sujarão as calçadas com suas folhas e flores. As árvores serão de concreto, semelhantes aos cogumelos: uma esfera cortada pelo meio equilibrando-se sobre um cilindro. O bom disso é que não haverá despesas com jardineiros. E as donas de casa não precisarão varrer a calçada.
Rubem Alves
Texto
lido em 09/2012
E DEUS CRIOU O PROFESSOR
Conta
a lenda que, quando Deus liberou o conhecimento
sobre como ensinar os homens, determinou que aquele “saber” ficaria
restrito a um grupo muito selecionado de sábios. Mas, neste pequeno grupo, onde
todos se achavam “semi-deuses”, alguém traiu as determinações divinas...
Aí
aconteceu o pior!!!!!....
Deus,
bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos:
1º -
Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
2º -
Não verás teu filho crescer.
3º -
Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º -
Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera.
5º -
A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches,
as pizzas e china in box.
6º -
Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º -
Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de
trabalho.
8º -
Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9º -
Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º
- As pessoas serão divididas em dois tipos: as que ensinam e as que não
entendem. E verás graça nisso.
11º-
A maquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te
fará mais efeito.
12º
- Happy hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com
outras pessoas loucas como você.
13º
- Terás sonhos, cronograma, planejamento, provas, fichas de alunos, provas
substitutivas e não raro, resolverás problemas de trabalho neste período de
sono.
14º
- Exibirás olheiras como troféu de guerra.
15º - E o pior de tudo....
inexplicavelmente gostarás de tudo isso.
E finalizando
deixo a nossa oração:
ORAÇÃO DO PROFESSOR
Planejamento
que estais no computador
Carregado
seja o vosso programa
Venha
a nós o vosso ensinamento
Seja
gerada a ficha de lançamento
Assim
no diário como no e-mail
A
contra partida nossa de cada dia nos daí hoje
Perdoai
os nossos deslizes
Assim
como nos perdoamos quando há deslizes
Não
nos deixei cair em auditoria
E
livrai-nos da fiscalização da direção.
Amém
Texto lido em 10/2012
Dentre
as frases abaixo que permeiam o processo de ensino aprendizagem, identifique-as
como (E) empirista ou (SI) sócio interacionista.
a. Modelo de aprendizagem conhecido como de
estímulo-resposta.
b. O
aluno precisa memorizar e fixar informações.
c. Palavras
chave e famílias silábicas são usadas exaustivamente.
d. O
aluno é introduzido no mundo da escrita apresentando-lhe um texto composto por
um agregado de frases em sua maioria desconectadas.
e. Na
produção escrita, cada enunciado deve ser tratado em parágrafos independentes,
exigindo o mínimo de coerência e coesão textual para que o aluno pense uma
coisa de cada vez e não se sobrecarregue.
f. O
aluno é alguém que vai juntando informações e num determinado momento, ao longo
do processo ensino-aprendizagem, ele tem um “estalo” e começa a perceber o que
a escrita representa.
g. O
processo de ensino é caracterizado por um investimento na copia, na escrita sob
ditado, na memorização pura e simples, na utilização da memória de curto prazo
para reconhecimento das famílias silábicas quando o professor toma a leitura.
h. A
língua (conteúdo) é vista como transcrição da fala, a aprendizagem se dá pelo
acúmulo de informações e o ensino deve investir na memorização. Na verdade,
qualquer prática pedagógica, qualquer que seja o conteúdo, em qualquer área,
pode ser analisada a partir deste trio: conteúdo, aprendizagem e ensino.
i. Quando
alguém aprende a escrever, está aprendendo ao mesmo tempo muitos outros
conteúdos do sistema de escrita alfabética, por exemplo, as características
discursivas da língua, ou seja, a forma que ela assume em diferentes gêneros
através dos quais se realiza socialmente.
j. Cabe
ao professor criar situações que permitam aos alunos vivenciar os usos sociais
que se faz da escrita, as características dos diferentes gêneros textuais, a
linguagem adequada a diferentes contextos significativos, além do sistema pelo
qual a língua é grafada, o sistema alfabético.
k. Qualquer
um pode aprender muito sobre a língua escrita mesmo sem poder lere escrever
autonomamente. Isso depende da oportunidade de ouvir a leitura de textos,
participar de situações sociais nas quais os textos reais são utilizados,
pensar sobre os usos, as características e o funcionamento da língua escrita.
l. Afirmar
que o conhecimento prévio é base da aprendizagem não é defender pré-requisitos.
A intervenção do professor é determinante nesse processo. Seja nas propostas de
atividade, seja na forma como encoraja cada um de seus alunos a se lançar na
ousadia de aprender, o professor atua o tempo inteiro.
m. Cabe
ao professor organizar a situação de aprendizagem de forma a oferecer a
informação adequada. Sua função é observar a ação das crianças, acolher ou
problematizar suas produções, intervindo sempre que achar que deve fazer a
reflexão dos alunos sobre a escrita avançar.
Tipos de Ladrão!!
Assaltante Mineiro
“Ô sô, prestenção. Issé um assarto, uai! Levantus braçu e
fiketin quié mió prucê. Esse trem na minha mão tá chein di bala… Mió passá logo
os trocado que eu num to bão hoje. Vai andano, uai ! Xispa daqui!!! Tá
esperanuquê, sô?!”
ASSALTANTE BAIANO
“Ô meu rei… (pausa). Isso é um assalto… (longa pausa). Levanta
os braços, mas não se avexe não… (outra pausa). Se num quiser nem precisa
levantar, pra num ficar cansado. Vai passando a grana, bem devagarinho ( pausa
pra pausa ). Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito
pesado (pausa maior ainda). Não esquenta, meu irmãozinho, (pausa). Vou deixar
teus documentos na encruzilhada.”
ASSALTANTE CARIOCA
“Aí, perdeu, mermão! Seguiiiinnte, bicho. Isso é um assalto,
sacô? Passa a grana e levanta os braço rapá… Não fica de caô que eu te passo o
cerol …. Vai andando e se olhar pra trás vira presunto …”
ASSALTANTE PAULISTA
“Isto é um assalto! Erga os braços! Porra, meu… Passa logo a
grana, meu. Mais rápido, mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a
bilheteria aberta pru jogo do Curintias, meu… Pô, agora se manda, meu, vai…
vai..”
ASSALTANTE GAÚCHO
“O gurí, ficas atento… isso é um assalto. Levanta os braços e te
aquieta, tchê ! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma
barbariiidaaade, tchê. Passa as pilas prá cá ! Tri-legal! Agora, te mandas,
senão o quarenta e quatro fala.”
ASSALTANTE DE BRASÍLIA
“Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para
dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água,
Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Licenciamento de veículos,
Seguro obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, COFINS.”
Texto lido em 06/2012
COM MUITO INTERESSE PELOS TEXTOS PUBLICADOS OS LI, E GOSTARIA QUE ME ENCAMINHASSEM AS RESPOSTA DAS QUESTÕES DO TEXTO CONCEPÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA - QUAIS AS CORRETAS PARA QUE NO DEBATE JUNTAMENTE COM O GRUPO DE PROFESSORES PODEMOS ACHAR E COMPARAR AS RESPOSTAS OBRIGADA
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